Adesão de trabalhadores da TACV ao programa de pré-reforma ficou abaixo das expectativas

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,8 fev 2018 15:02

Muitos trabalhadores da TACV abrangidos pela proposta de pré-reforma apresentada pela administração não aderiram ao processo. Em causa, o facto de não terem sido considerados "alguns direitos", disse hoje o sindicato representativo dos trabalhadores.

A primeira fase do processo, já concluído, deveria abranger mais de uma centena de funcionários.

Em entrevista à Rádio Morabeza, o presidente do Sindicato de Indústria, Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (SITHUR), Carlos Lopes não avança números de adesão às pré-reformas, mas admite a hipótese de negociar a reabertura de uma segunda fase.

“Eu sei que há muitos trabalhadores que não terão assinado, precisamente pela não absorção por parte da administração de alguns direitos que nós julgamos que legitimamente estavam a reclamar. Por isso, estamos a colocar essa possibilidade de vir a propor à administração a reabertura de uma segunda fase para a pré-reforma, mas isso vai depender do balanço que viermos a fazer numa reunião que temos agendada para amanhã com a comissão dos trabalhadores da empresa”, explica.

“Todas as componentes da retribuição deviam integrar a base de cálculo e a empresa decidiu afastar algumas dessas componentes, designadamente alguns subsídios a nível de trabalhadores que exerceram cargos de chefia durante muitos anos e que usufruíam de uma determinada retribuição por esse cargo. E a administração achou que não devia incluir essa remuneração e então há trabalhadores que acabaram por não assinar o acordo”, afirma.

Amanhã, o SITHUR e a comissão dos trabalhadores da TACV devem reunir-se para fazer o balanço do programa de pré-reforma, para depois decidirem se avançam ou não com um pedido de uma segunda fase à administração da transportadora aérea nacional.

A negociação para a rescisão de contrato por mútuo acordo é o dossier que vem a seguir e deve abranger menos de 100 trabalhadores. Aqui, o valor da indemnização será objecto de uma negociação e entendimento entre as partes.

A TACV está a ser reestruturada para ser privatizada. O processo deve implicar o despedimento de mais de 200 trabalhadores e o Governo anunciou que já tem uma verba de 13,3 milhões de euros para o pagamento das indemnizações.

A mudança da base operacional para a ilha do sal e a respectiva transferência de trabalhadores é outro processo que, segundo Carlos Lopes, já está bem avançado e que deve ficar concluído na próxima semana.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,8 fev 2018 15:02

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  8 jan 2019 3:22

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