Fonte próxima do processo recorda ao Expresso das Ilhas que a operação arrancará com quatro navios. A opção por navios que já estão no mercado justifica-se por permitir arrancar a exploração no curto prazo e reduzir os custos iniciais da concessão. Acrescenta a fonte que esta será também uma forma de apoiar os actuais armadores na fase de saída do mercado, através do fretamento dos seus navios.
Para cumprir os requisitos legais, a concessionária deverá, no prazo de dois anos, proceder à substituição dos navios que não cumpram os requisitos, nomeadamente em termos de idade – máxima de 15 anos. Nada impede a Cabo Verde Inter-Ilhas de iniciar a operação com uma frota mais velha do que o estabelecido.
Das negociações entre a vencedora do concurso público, Transinsular – que detém 51% do capital da concessionária – e os restantes nove armadores nacionais – com 49% do capital dessa sociedade – sairá uma decisão sobre quais os navios a usar nos primeiros meses de ligações.
É quase certo que os ferries da Cabo Verde Fast Ferry serão fretados, uma vez que “cumprem a maioria dos requisitos do caderno de encargos”, observou esta manhã o secretário-de-Estado adjunto para a Economia Marítima, Paulo Veiga, à margem da assinatura do acordo de compromisso entre o Governo e os armadores. É provável que o terceiro navio seja o ferry Inter-Ilhas, da Polaris.
A tipologia definida estabelece que os navios devem ser roll on-roll off, mas por enquanto essa é uma exigência que não poderá ser totalmente cumprida, já que o Porto do Maio, ainda sem rampa, não tem condições para operar este tipo de embarcações. Recordando as palavras de Luís Figueiredo, presidente da Transinsular, sexta-feira, após a assinatura da concessão, o quarto navio deverá ser o Lagoa, da própria empresa, já a funcionar no transporte entre as ilhas do arquipélago.
Concessão do serviço marítimo interilhas em funcionamento até Agosto
Governo e Transinsular assinaram esta manhã o contrato de concessão do serviço marítimo interilhas. Empresa portuguesa fica com 51% do capital e os armadores nacionais com 49%. Luís Figueiredo, presidente da Transinsular, disse no final da cerimónia que os investimentos na concessionária serão feitos com o objectivo de "tornar esta empresa numa empresa com todas as capacidades e potenciais de crescimento.
A concessão única do transporte marítimo inter-ilhas tem a duração de 20 anos, passível de renovação. O Estado passará a subvencionar as linhas deficitárias, durante um determinado período de tempo, para garantir a regularidade das ligações a todas as ilhas do país.
Cabo Verde Fast Ferry, Polaris S. A., Verdemar, Santa Lúzia Salvamento Marítimo, U. T. M. União dos Transportes Maritimos, Oceano Made, Sociedade Armadora Aliseu Lda, Adriano Lima, Jo Santos e David, são os armadores que se juntam à Transinsular na Cabo Verde Inter-Ilhas.