Concessão do serviço marítimo interilhas em funcionamento até Agosto

PorAndre Amaral,15 fev 2019 12:52

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Governo e Transinsular assinaram esta manhã o contrato de concessão do serviço marítimo interilhas. Empresa portuguesa fica com 51% do capital e os armadores nacionais com 49%.

Luís Figueiredo, presidente da Transinsular, disse no final da cerimónia que os investimentos na concessionária serão feitos com o objectivo de "tornar esta empresa numa empresa com todas as capacidades e potenciais de crescimento. Será o que for necessário, mas neste momento não sei precisar exactamente quanto. Neste momento, o capital social vai partir para meio milhão de euros, para constituir a sociedade e dotá-la de fundos. Depois vamos adaptando, não queremos fazer investimentos disparatados, nem precipitados, vamos fazer o que for necessário".

Aos jornalistas, o representante dos armadores nacionais, Franklin Aguiar, disse que os moldes da entrada das oito empresas marítimas cabo-verdianas ainda não estão definidos.

"Os armadores nacionais vão ter 49%. Há um processo em andamento, em que o Estado é parceiro, mas que ainda não está definido. Na segunda-feira, vai haver uma reunião em que tudo isso vai ser posto em cima da mesa", apontou Franklin Aguiar, à saída da cerimónia de assinatura do contrato.

Segundo aquele responsável, serão oito as empresas cabo-verdianas a participar no capital da concessionária. Está previsto que o 20 navios que actualmente navegam nos mares de Cabo Verde venham, num futuro próximo, a ser abatidos, uma vez que "daqui a dois três anos já não vão estar em condições de operar, de acordo com as normas de segurança".

Envolto em polémica desde o início, o concurso público internacional ganho pela Transinsular chegou a ser alvo de tentativas de impugnação por parte de empresas que também estavam interessadas no serviço. Uma dessas companhias foi a Polaris, representada por Franklin Aguiar, que explicou que a sua empresa acabou por decidir participar no capital social da concessionária porque se registou uma mudança de atitude por parte do governo. "A atitude do governo mudou e foi salvaguardada a nossa história, os nossos activos estão salvaguardados e nós sentimos confiança em fazer parte desta estratégia que achamos muito boa para Cabo Verde", explicou.

José Gonçalves, ministro da Economia Marítima, recusou apontar os valores desta parceria entre o Estado e a concessionária. 

"O mais importante não é isso. Não é o dinheiro que está em causa, o que está em causa é garantir a unificação do mercado." 

Segundo o ministro, depois de "um período inicial que é deficitário", estima-se que a concessionária entre "numa situação de superavit, num período de três a cinco anos, conforme está previsto no caderno de encargos". "Temos estudos de previsão que apontam para isso", reforçou.

Para José Gonçalves, Cabo Verde "chegou a bom porto, a uma solução muito boa, que tem a perícia, o know how e o capital estrangeiro, como o conhecimento do mercado interno dos nacionais".

De referir ainda que, após a assinatura deste contrato, a concessionária deverá começar a explorar o negócio do serviço marítimo interilhas no prazo máximo de seis meses, ou seja, até Agosto deste ano.

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Autoria:Andre Amaral,15 fev 2019 12:52

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  6 nov 2019 23:21

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