O vice-Primeiro-Ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, presidiu ao acto de tomada de posse e explicou que o único propósito é a criação de emprego bem remunerado.
“O nosso único objectivo é criar empregos bem remunerados para os jovens cabo-verdianos e a responsabilidade é enorme”, garante Olavo Correia.
O governo espera contar com apoio das Câmaras Municipais na criação de zonas dedicadas à indústria e logística, com condições que possam permitir atrair empresas internacionais. Por outro lado, é preciso acelerar os processos burocráticos porque, diz Olavo Correia, Cabo Verde não está sozinho no que se refere à atracção de empresas.
“Quero pedir a todos celeridade nos processos decisórios, para que possamos ter aqui um bom ambiente de negócios, e possamos cada vez mais atrair os investidores e os empresários para investirem em Cabo Verde. Se está ao alcance das Canárias, das Maurícias, das Seychelles, tem de estar ao alcance de Cabo Verde”, afirma.
Já o novo coordenador do Gabinete de Operacionalização do CIN, José Almada Dias, promete que a sua equipa vai trabalhar para transformar o Centro num espaço de referência atlântica. Ainda não há um cronograma definido, mas o próximo passo é a criação da sociedade gestora do CIN.
“É óbvio que o CIN, de alguma forma já existe, com seis empresas inscritas, sobretudo aqui em São Vicente. Mas já há uma grande lista de espera de empresas, que já existem em Cabo Verde, interessadas em inscrever-se. Mas agora começa uma outra tarefa que é atrair cada vez mais empresas numa estratégia diferente”, explica.
Além de José Almada Dias, Belarmino Lucas e Miguel Furtado são os administrados não executivos.
O Centro Internacional de Negócios foi criado pelo anterior governo, em 2011, mas foram introduzidas alterações do ponto de vista estratégico.
Neste sentido, o CIN deixa de ser um centro apenas virado para a indústria, passando a incluir também o comércio, com inclusão de lojas francas e lojas tax-free designadamente nos aeroportos e portos. Tudo isto para além da vertente prestação de serviços.
O CIN, com sede em são Vicente, passa também a abarcar todo o território nacional, abrindo a possibilidade de todos os municípios passarem a ter parques industriais, comerciais ou de prestação de serviços. Outra alteração é que os parques podem ser de iniciativa privada ou municipal.
Em termos de organização, o CIN passará a ser constituído por um Centro Internacional Industrial, um Centro Internacional Comercial e um Centro Internacional de Prestação de Serviços.