António Guterres publicou uma mensagem sobre o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, marcado na sexta-feira, 3 de maio.
O chefe das Nações Unidas disse que “nenhuma democracia está completa sem acesso a informação transparente e confiável.” Para ele, isso é “a pedra angular para a construção de instituições justas e imparciais, responsabilizando líderes e falando a verdade a quem detém o poder.”
O tema desse ano é “Mídia para a Democracia: Jornalismo e Eleições em Tempos de Desinformação”. Guterres diz que “fatos, não inverdades, devem guiar as pessoas na escolha de seus representantes.”
Segundo ele, a tecnologia transformou as maneiras com as quais são recebidas e compartilhadas informações, mas “muitas vezes ela é usada para enganar a opinião pública ou para impulsionar a violência e o ódio.”
O secretário-geral afirma que “o espaço cívico tem-se reduzido no mundo todo a um ritmo alarmante” e que “com a retórica contra a mídia aumentando, também crescem a violência e o assédio contra jornalistas, incluindo mulheres.”
Guterres diz que está “profundamente preocupado com o crescente número de ataques e a cultura da impunidade.” Cerca de 100 jornalistas foram assassinados em 2018. Centenas destes profissionais estão presos, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.
O chefe da ONU afirma que “quando trabalhadores dos meios de comunicação se tornam alvo, as sociedades como um todo pagam o preço.” E termina a mensagem pedindo a todos que “defendam os direitos dos jornalistas, cujos esforços ajudam a construir um mundo melhor para todos.”
Em 2019, a celebração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é uma iniciativa da Organização da Agência da Unesco, da União Africana e do governo da Etiópia. A capital etíope, Adis Abeba, acolhe os eventos principais entre quarta e sexta-feira.
Segundo a organização, o tema desse ano pretende “discutir os desafios atuais enfrentados pelos meios de comunicação nas eleições, juntamente com o potencial da mídia em apoiar os processos de paz e reconciliação.”