De acordo com o boletim de Movimentação de hóspedes em 2019, do INE cabo-verdiano, as dormidas também cresceram, 3,7% face ao ano anterior, para mais de 5,1 milhões, renovando igualmente máximos históricos.
Em 2018, Cabo Verde já tinha registado um recorde de 765.696 hóspedes e mais de 4,9 milhões de dormidas, sendo objectivo do Governo atingir, a partir de 2021, um milhão de turistas por ano.
O Inquérito Mensal à Movimentação de Hóspedes, do INE, aponta que o Reino Unido continuou a ser o principal mercado emissor de turistas para Cabo Verde em 2019, com um peso de 24,0% do total das entradas, seguido da Alemanha (11,3%), da França (10,4%), dos Países Baixos e de Portugal (ambos com 9,8%).
Relativamente às dormidas dos turistas, o Reino Unido também segue na liderança, com 31,6% do total em 2019.
A ilha do Sal concentrou o grosso do movimento turístico em Cabo Verde, com 45,5% do total das entradas, seguida da ilha da Boa Vista, com 29,4%, e de Santiago, com 11,7%.
O boletim acrescenta que os hotéis continuam a ser os estabelecimentos hoteleiros mais procurados, representando 87,0 % do total, seguindo-se as pensões (4,5%), as residenciais (3,8%), e os aldeamentos turísticos (2,7%).
O Governo cabo-verdiano prevê que as receitas do turismo renovem em 2020 máximos históricos, chegando aos 430 milhões de euros, o equivalente a quase 23% de toda a riqueza produzida no país.
As previsões constam dos documentos de suporte da lei do Orçamento do Estado para 2020, colocando o turismo, como já acontece há vários anos, como a principal fonte de riqueza do país.
Para 2020, o Governo estima que as receitas turísticas cresçam 10,6%, face a 2019, para 47.918 milhões de escudos (430 milhões de euros). Neste cenário do Governo, as receitas do turismo passam de um peso de 21,9% no Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, para 22,7% este ano.
Em 2015, as receitas com o turismo rendiam 30.427 milhões de escudos (273 milhões de euros), o equivalente a 19,2% do PIB cabo-verdiano.
A procura turística por Cabo Verde, segundo a previsão do Governo, deverá aumentar este ano 6%, liderada pelos turistas de Portugal e do Reino Unido, mas também de França e da Alemanha.