Em comunicado, a Caixa Económica de Cabo Verde, controlada pelo Estado, refere que “além do plano nacional de contingência” aprovado pelo Governo, o banco começou a implementar um plano interno.
O plano prevê, além de privilegiar o acesso aos serviços por meios digitais ou telefónicos, “a limitação do número de clientes dentro das agências”, para “evitar a concentração de pessoas”.
Medidas semelhantes são anunciadas pelo Banco Comercial do Atlântico, detido pelo grupo português Caixa Geral de Depósitos, mas que também admite, em comunicado, a “limitação de reuniões e viagens” e “ainda a possibilidade de ter colaboradores a trabalhar à distância, em caso de necessidade”.
No caso da Caixa Económica de Cabo Verde é admitido avançar para a “introdução do teletrabalho onde for possível”.
“Estas medidas de prevenção, que serão adaptadas em função da avaliação que faremos em cada momento, não são encaradas com alarmismo, mas sim com a prudência e a responsabilidade que a todos se exige neste momento”, acrescenta aquele banco.
Todos os casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus investigados pelas autoridades de saúde cabo-verdianas deram resultado negativo até agora.
O plano de contingência anunciado hoje pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, prevê, entre outras medidas, a interdição por três semanas dos voos provenientes de Portugal, Estados Unidos da América, Brasil, Senegal e Nigéria, além dos oriundos de Itália, que já estavam vedados nos aeroportos cabo-verdianos.
O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infectou, até à data, mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.
Das pessoas infectadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em Dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial de Saúde a declarar uma situação de pandemia.