Em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, Joaquina Almeida adiantou que vai propor que o Governo ajude os trabalhadores que por algum motivo vierem a perder o seu trabalho por causa desta situação.
“Foi já anunciada na imprensa, o despedimento de trabalhadores num dos hotéis do Sal, e outros hotéis já avisarem da possibilidade haver mais despedimentos, caso perdure essa interdição dos voos”, exemplificou.
Neste sentido, para além de propor que o Governo ajude os trabalhadores já afectados, Joaquina Almeida apelou ao patronato para considerar outras alternativas, em vez de despedir os trabalhadores.
“Os sindicatos estão abertos e disponíveis ao diálogo com os empregadores para negociarem caso vier a se mostrar necessário, propondo antecipação de férias, férias colectivas, trabalho em casa e outras medidas de carácter provisório, desde que se mantenha a garantia dos postos de trabalho”, indicou.
Entretanto, a secretário-geral da UNTC-CS alertou aos sindicatos e ao Governo para estarem atentos a possíveis práticas de aproveitamento da situação da parte das entidades patronais para despedimentos em nome da crise, férias forçadas sem garantias de retorno ao trabalho e redução salarial ou não pagamento dos salários.
“Escutamos com atenção às palavras do senhor primeiro-ministro comprometendo-se em tomar todas as medidas possíveis para minimizar o sacrifício das pessoas carentes e vulneráveis, incluindo os trabalhadores”, lembrou, pedindo que o Governo cumpra aquilo com que se comprometeu.
Nas próximas horas, a secretária-geral da UNTC-CS vai estar contacto com os sindicatos afiados para juntos definirem propostas concretas para levar para reunião do Conselho e Concertação Social, já agendada para a próxima terça-feira, 24.
A secretária-geral salientou que a situação “é dramática”, sobretudo com a confirmação do primeiro caso novo coronavírus em Cabo Verde
“O momento é de convergência nacional, de conciliação, da unidade e de solidariedade, porque há sérios riscos de empregabilidade e certamente atingirá os mais vulneráveis”, realçou.