De acordo com dados compilados hoje pela Lusa a partir do mais recente relatório estatístico do Banco de Cabo Verde, apesar desta subida, globalmente, o IDE ainda não recuperou os níveis de 2017, quando ultrapassou os 10.867 milhões de escudos (98,4 milhões de euros).
Portugal registou um IDE em Cabo Verde no ano de 2018 de 1.032 milhões de escudos (9,3 milhões de euros), que desceu 278%, para um saldo negativo de 1.846 milhões de escudos (-16,7 milhões de euros) em 2019.
De acordo com dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a comunidade portuguesa em Cabo Verde desenvolve actividades nas áreas do comércio, incluindo a distribuição alimentar e de bebidas, na hotelaria e restauração, na construção civil e metálica, entre outros.
O IDE em Cabo Verde continua a ser liderado por Espanha - sobretudo na área das pescas e indústria das conservas -, mas que também sofreu uma forte quebra em 2019, diminuindo 51,3% face a 2018, para pouco mais de 937 milhões de escudos (8,5 milhões de euros).
No sentido inverso, o investimento italiano em Cabo Verde foi o que mais cresceu, o equivalente a 320% no espaço de um ano, chegando quase a 202 milhões de escudos (1,8 milhões de euros) em todo o ano de 2019.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, afirmou anteriormente que a comunidade internacional olha para Cabo Verde como “um exemplo de país democrático, estável, seguro, credível e confiável, de baixos riscos políticos, sociais e reputacionais”.
Para o chefe do Governo cabo-verdiano, esses são também argumentos para captar investimento estrangeiro para o país.
“Um país em que a paz social impera. Um país com a ambição de atingir o desenvolvimento sustentável. É esta ambição que nos coloca no radar internacional como um país com futuro”, afirmou anteriormente Ulisses Correia e Silva.