Investimento Directo Estrangeiro caiu quase para metade no primeiro trimestre do ano

PorExpresso das Ilhas, Lusa,13 ago 2020 11:41

O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em Cabo Verde caiu para mínimos de 14,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período de 2019, influenciado por novo recuo nos investimentos portugueses.

De acordo com dados compilados hoje pela Lusa a partir do mais recente relatório estatístico do Banco de Cabo Verde, o arquipélago contabilizou um IDE de 1.617 milhões de escudos (14,5 milhões de euros) de Janeiro a Março - período anterior ao impacto económico da covid-19 -, o que compara com os 3.140 milhões de escudos (28,2 milhões de euros) no mesmo período de 2019.

Trata-se de uma quebra de 48,5% no IDE captado por Cabo Verde no espaço de um ano.

O IDE em Cabo Verde foi liderado, no primeiro trimestre, por Espanha, com um total de 194,4 milhões de escudos (1,7 milhões de euros), enquanto Portugal voltou a estar em terreno negativo (entre entradas e saídas de investimento português no país), o saldo foi negativo de Janeiro a Março, no valor de 401,6 milhões de escudos (-3,6 milhões de euros).

O Investimento Directo Estrangeiro em Cabo Verde aumentou 3,2% em 2019, face ao ano anterior, para mais de 10.375 milhões de escudos (94 milhões de euros), liderado por Espanha e registando já então uma forte retracção de Portugal.

De acordo com dados compilados anteriormente pela Lusa com base nas estatísticas do Banco de Cabo Verde, apesar desta subida, globalmente, o IDE ainda não recuperou os níveis de 2017, quando ultrapassou os 10.867 milhões de escudos (98,4 milhões de euros).

Portugal registou um IDE em Cabo Verde no ano de 2018 de 1.032 milhões de escudos (9,3 milhões de euros), que desceu 278%, para um saldo negativo de 1.846 milhões de escudos (-16,7 milhões de euros) em 2019.

De acordo com dados da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a comunidade portuguesa em Cabo Verde desenvolve actividades nas áreas do comércio, incluindo a distribuição alimentar e de bebidas, na hotelaria e restauração, na construção civil e metálica, entre outros.

O IDE em Cabo Verde foi liderado em 2019 por Espanha - sobretudo na área das pescas e indústria das conservas -, mas que também sofreu uma forte quebra em 2019, diminuindo 51,3% face a 2018, para pouco mais de 937 milhões de escudos (8,5 milhões de euros).

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,13 ago 2020 11:41

Editado porSara Almeida  em  27 mai 2021 23:21

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