Carlos Santos, que falava à imprensa, esta manhã na Cidade Velha, depois de presidir à abertura das actividades comemorativas do Dia Mundial do Turismo, este ano celebrado sob o lema “Turismo e Desenvolvimento Rural”, assegurou que todas as condições estão criadas para que, nos próximos dias, possam avançar com uma data sobre a abertura das fronteiras.
“Hoje se queremos abrir o destino Cabo Verde precisamos preparar o País designadamente no que respeita aos protocolos, regras e segurança sanitária, medidas essas que foram feitas ao longo dos últimos dois meses e que abrangem também um programa de turismo seguro que capacitou cerca 500 integrantes do circuito de turistas”, referiu.
O governante explicou ainda que foram criados também dois centros de covid-19, (Boa Vista e Sal), sendo que este último recebe este fim-de-semana o selo de certificação, que irá tornar o centro num stand de nível internacional de tratamento da covid-19, transmitindo assim segurança àqueles que queiram visitar Cabo Verde e aos operadores.
Depois das condições estarem criadas, assegurou que muito brevemente o Governo irá anunciar para quando a abertura das fronteiras, mas ciente de que essa abertura não significa a entrada em massa de turistas já que alguns dos países emissores definiram critérios para a saída dos seus cidadãos.
O ministro lembrou que, perante a segunda vaga da pandemia da covid-19 no continente europeu, alguns países estão a tomar decisões semanal, mas assegurou que o arquipélago já criou todas as condições impostas e está “optimista” de nos próximos dias fazer o anúncio sobre a reabertura das fronteiras.
“A abertura das fronteiras não depende apenas de Cabo Verde, sendo que há variáveis que não estavam contabilizadas em Julho porque há decisões que foram sendo tomadas, e aquilo que é também a decisão do Governo cabo-verdiano reflecte no parecer das autoridades de saúde com base em questões técnicas e sanitárias”, referiu.
A Associação das Agências de Viagens já apelou ao Governo a reabertura das fronteiras e retomada dos voos internacionais, sendo que grande parte estão com as suas actividades suspensas.
Na mesma linha, num comunicado enviado hoje, a Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) admitiu que a recuperação da procura de voos domésticos depende da retoma das ligações internacionais regulares.
A TICV avança ainda que o movimento de passageiros permanece “significativamente abaixo” dos níveis anteriores à pandemia de covid-19, desde logo devido à suspensão, ainda em vigor, das ligações aéreas internacionais regulares, desde a segunda quinzena de Março, com um peso significativo na operação da companhia, que assegura depois as conexões internas entre as várias ilhas.