As declarações de Abraão Vicente foram feitas em jeito de resposta às preocupações levantadas durante um encontro que manteve com o Sindicato de Metalomecânica, Transportes, Turismo e Telecomunicações (SIMETEC), aberto à comunicação social.
“A garantia que nós temos agora é que parte dos 72 milhões de euros pré aprovados através do Banco Europeu de Investimento serão canalizados para investimento na Cabnave, que nós tínhamos previsto nunca inferior a 10 milhões e nunca superior, numa primeira fase, a 25 milhões de euros. As obras vão arrancar este ano. É algo dado como certo da nossa parte”, garante.
Abraão Vicente explica que as linhas gerais dos investimentos serão tornados públicos depois de uma auditoria à empresa, feita por uma equipa técnica internacional já contratada para o efeito. A análise da equipa internacional deve determinar os níveis de investimento necessários.
O governante garante que a reestruturação da empresa passa também pela mudança do Conselho de Administração, já a partir de Abril.
“Não é uma empresa que corre risco de falência porque tem volume de negócios. É preciso reconstruir a capacidade técnica da Cabnave em colocar navios de maior porte em doca seca. Temos um quadro técnico competente, mas também temos uma boa parte do pessoal da Cabnave que não trabalha, praticamente, com todo o seu potencial. Temos muita gente com problema de álcool, gente que não comparece ao trabalho. Devemos reabilitar quem quer ser reabilitado, mas é preciso também termos um novo quadro de pessoal com a contratação de quadro jovem”, diz.
Os esclarecimentos do governante foram dados ao presidente do SIMETEC, Tomás Delgado, que durante o encontro alertou que a situação de degradação dos Estaleiros Navais da Cabnave representa um risco à segurança dos trabalhadores.