Afinal, BestFly continua sem voar pelo menos até 7 de Maio

PorNuno Andrade Ferreira,20 abr 2024 9:57

A TICV (que opera sob a marca BestFly Cabo Verde) anunciou este sábado que todos os voos da companhia continuam cancelados até 7 de Maio. Em comunicado, a empresa, detida maioritariamente pela BestFly World Wide e participada pelo Estado, diz estar "a trabalhar diligentemente para conseguir proteger os passageiros".

Sem explicações sobre as razões que, agora, ditam a continuação da suspensão dos voos, a operadora pede aos passageiros que actualizem os contactos através de um formulário online e pede que estes evitem deslocar-se ao aeroporto sem confirmação de novo itinerário, eventualmente "em voos da outra companhia que opera as rotas domésticas".

"Para aqueles que preferem cancelar as suas viagens, podem indicar esta intenção no mesmo formulário de contato. Podem contactar a vossa agência de viagens para procederem com o pedido de reembolso caso seja este o vosso desejo", lê-se na nota divulgada no seu site.

A informação de hoje contraria uma outra, de quinta-feira, quando a BestFly anunciou a chegada de uma aeronave Bombardier Dash 8 Q300, precisamente para cobrir a lacuna deixada pela manutenção alegadamente em curso nos seus dois ATR 72-600. Então, a empresa previa reiniciar as operações "ainda esta semana".

"A entrada desta nova aeronave irá normalizar as operações da empresa e enfrentar os desafios observados nas últimas semanas", prometia a administração.

Depois de semanas com significativas perturbações, dia 9 de Abril, a BestFly suspendeu em definitivo as viagens entre as ilhas, com a garantia de regressar em breve à normalidade.

Recorde-se que, em 2021, a BestFly World Wide comprou 70% do capital social da TICV aos espanhóis da Binter. Os restantes 30% ficaram nas mãos do Estado cabo-verdiano. 

Com a BestFly em terra, os voos domésticos são actualmente operados apenas pela Cabo Verde Airlines (CVA, marca comercial da TACV), empresa pública (após renacionalização em 2021) que regressou em Março a um mercado que havia deixado, por decisão governamental, em 2017. Sem frota própria para ligar as ilhas, a CVA depende de aparelhos alugados à Air Senegal (1 ATR 72-600) e Global Aviation (1 ATR 72-500), em regime de ACMI (sigla inglesa para 'avião, tripulação, manutenção e seguros').

Lei o comunicado na íntegra:

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Autoria:Nuno Andrade Ferreira,20 abr 2024 9:57

Editado pormaria Fortes  em  3 mai 2024 17:20

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