“É mentira que a Agência de Aviação Civil (AAC) de Cabo Verde tenha suspendido, de forma unilateral, o Certificado do Operador Aéreo (AOC) da TICV pelos motivos que vieram a público”, alega a TICV que diz que foi a própria empresa a apresentar “de forma espontânea” o pedido de suspensão do AOC, no passado dia 20 de abril de 2024, “após tomada a decisão de suspender a operação da companhia”.
“Só depois desse pedido, como forma de beneficiar a sua posição junto da opinião pública, é que a AAC decidiu suspender o AOC da TICV”.
No comunicado a TICV defende que “não existia nenhuma razão de natureza legal para a revogação da autorização concedida ao contrato de ACMI solicitado pela TICV para a regularização da ligação interilhas em Cabo Verde”.
A TICV reitera no mesmo comunicado que “considera existir, no país, um ambiente tóxico que prejudica severamente o bom funcionamento da operação aérea interilhas”.
“Desde o início da operação da TICV, foram plantadas notícias falaciosas que induziam a opinião pública em erro e comprometiam a relação entre a companhia e os seus clientes, quando esta sempre se pautou pelos princípios da transparência e da confiança. Não compete à TICV avaliar a origem e os propósitos dessas notícias infundadas, mas o ambiente mediático que as proporcionou afigura-se como um agente de toxicidade e um constrangimento ao desenvolvimento da operação aérea doméstica”, conclui a empresa.
De recordar que na passada terça-feira a AAC anunciou a suspensão da Bestfly por incumprimentos reiterados e esclareceu o caso da aeronave alugada.
A Agência de Aviação Civil (AAC) suspendeu o Certificado do Operador Aéreo (COA) e a Licença de Exploração Aérea (LEA) da operadora TICV (da qual a Bestfly é accionista maioritária), justificando a decisão pelo não cumprimento reiterado de requisitos regulamentares. A autoridade esclareceu ainda o processo envolvendo a aeronave mobilizada para regularizar a ligação entre ilhas, criticado pela Bestfly que naquele dia anunciou a sua retirada do mercado aéreo cabo-verdiano.