A delegação da União Europeia em Cabo Verde referiu que, durante a visita de três dias que começou hoje, o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ambroise Fayolle, e a directora-geral Adjunta das Parcerias Internacionais, Myriam Ferran, vão anunciar “três grandes operações” de financiamento em sectores estratégicos para Cabo Verde.
“Trata-se de operações de financiamento estratégicas, essenciais para o desenvolvimento e a projecção de Cabo Verde na região”, declarou Ambroise Fayolle, vice-presidente do BEI desde 2015, na véspera da sua partida para Cabo Verde, citado num comunicado enviado à imprensa.
O mesmo responsável disse que pretende reforçar a cooperação com Cabo Verde, através da assinatura de acordos nos domínios do digital, das energias renováveis e da economia azul.
“Não estamos apenas a assinar acordos, estamos a comprometer-nos com uma visão de um Cabo Verde mais sustentável, resiliente e interligado”, completou Myriam Ferran, Directora-geral Adjunta das Parcerias Internacionais e Políticas de Desenvolvimento da União Europeia, desde Novembro de 2021.
Durante a visita oficial, os dois responsáveis vão reunir-se com as autoridades governamentais, representantes do corpo diplomático, diversas partes interessadas e parceiros financeiros.
Também vão visitar projectos financiados pela União Europeia e pelo Banco Europeu de Investimento em Cabo Verde, instituição de financiamento da UE, cujo capital é detido pelos Estados-Membros e que concede financiamentos a longo prazo para investimentos viáveis e sustentáveis que contribuam para a concretização dos objectivos estratégicos da UE.
Este ano, o banco aprovou um financiamento de 114 milhões de euros para financiar a reabilitação e ampliação de portos (que inclui as ilhas de Santo Antão, São Vicente e Sal), bem como do principal estaleiro naval do país, Cabnave, localizado em São Vicente.
A União Europeia lançou em 2021 a sua estratégia Global Gateway, que visa criar ligações sustentáveis e de confiança em benefício das pessoas e do planeta, numa estratégia que incluí os 27 Estados Membros e o BEI, para diminuir o défice de financiamento.