Destaques da edição 894

PorExpresso das Ilhas,16 jan 2019 0:16

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Nesta edição, o Expresso das Ilhas dá destaque ao feminicídio: As mortes que nós carregamos. Jacira, Maria José, Mónica, Melanie, Viviana, Vanessa, Elisabete.

No ano de 2018 pelo menos sete mulheres perderam a vida às mãos de companheiros ou ex-companheiros. Sete mulheres morreram e treze crianças ficaram órfãs. Vidas que as instituições e a sociedade não foram capazes de proteger e desfechos que mostram que chegou a altura de reflectir sobre a luta contra a VBG que tem sido levada a cabo há anos, em Cabo Verde. Falham respostas, políticas e instituições. E falha certamente toda a sociedade por cada vez que calou essas falhas e que naturalizou, tolerou ou omitiu diferentes tipos de violência. A dor é de cada um, a culpa de todos nós...

Também neste número, a entrevista a Orlando Delgado, presidente da Câmara Municipal de Ribeira Grande: A única infra-estrutura que poderá alavancar a economia de Santo Antão é o aeroporto. Apesar de enfrentar neste momento dois anos de seca consecutivos, a agricultura, ontem como hoje continua a ser vital no concelho de Ribeira Grande. Entretanto, a preocupação do autarca vai muito além da mera produção agrícola, pois, com o crescimento dos indicadores no município, neste momento mais de 95 por cento das comunidades dispõem de ligação domiciliária que dependem das nascentes cujos caudais estão a diminuir com impacto na distribuição de água às populações. Por isso, para Orlando Delgado a mobilização da água é uma das grandes prioridades do município que celebra amanhã (17) o dia do seu santo padroeiro. Entretanto, a reivindicação maior é a construção do aeroporto, uma infraestrutura que poderá alavancar a própria economia da ilha. “É a única solução, porque o resto será a mitigação da situação”, aponto o edil, para quem os três governos anteriores apenas iludiram as pessoas de Santo Antão e mostra-se convicto de que com o actual governo a construção vai finalmente avançar.

13 de Janeiro: Projecto-lei que cria Ordem da Liberdade vai ao Parlamento. Vinte e oito anos passados da abertura do país à democracia, assinalou-se no Domingo, 13, mais um Dia da Liberdade e da Democracia com a constatação de que muitos ganhos há a registar mas o caminho a percorrer no aperfeiçoamento do sistema ainda é longo. UCID aproveitou a ocasião para lembrar as vítimas do regime de partido único e propor a criação de uma comenda da Ordem da Liberdade. O grupo parlamentar do MpD já tem um projecto de lei nesse sentido.

Caso dos quadros desaparecidos: Assembleia nega censura. Quatro dias depois do ocorrido a Administração da Assembleia Nacional veio finalmente explicar a retirada dos dois quadros do artista plástico Tchalê Figueira da exposição patente no edifício. Lamentando não ter tido o tempo para apreciar previamente o conteúdo das obras escolhidas, a Administração da AN alega que estava prevista a presença de alunos de escolas secundárias da capital no evento.

Jorge Lacão: Não há democracia sem parlamentos. Jorge Lacão, deputado e Vice-Presidente da Assembleia da República de Portugal, veio a Cabo Verde para participar na VIII Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Político experiente, o dirigente socialista foi Ministro dos Assuntos Parlamentares no XVIII Governo e Secretário de Estado no XVII Governo, falou com o Expresso das Ilhas sobre os desafios que a democracia enfrenta e dos desvios populistas dentro dos países da CPLP.

No interior, a opinião de Eurídice Monteiro, O que é a democracia?; e de Manuel Brito-Semedo, Datas fundacionais das instituições da República.

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Autoria:Expresso das Ilhas,16 jan 2019 0:16

Editado porDulcina Mendes  em  16 jan 2019 16:59

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