Durante a Conferência Internacional sobre Energias Renováveis o director nacional da Indústria, Comércio e Energia, Rito Évora, anunciou que se tudo correr bem, como está previsto, em termos de financiamento, no horizonte 2019/2020 o país adquirirá cerca 500 carros eléctricos.
Em entrevista à Inforpress, à margem da referida Conferência Internacional, Rito Évora revelou que, além de carros eléctricos, o país será igualmente dotado de postos de carregamento para este tipo de veículos.
De acordo com este responsável, a introdução de carros eléctricos no país é um “processo gradual” que “vai implicar muita coisa”.
“Numa primeira fase tem que haver um sistema de incentivos para apoiar as primeiras aquisições (de carros eléctricos), no sentido de compensar o diferencial existente entre comprar um carro convencional e um eléctrico”, indicou o director nacional da Indústria, Comércio e Energia.
Revelou, por outro lado, que o Governo está a trabalhar para, no quadro da mobilidade eléctrica, “mobilizar um montante à volta de sete milhões de dólares”, que será uma “importante contribuição” para o projecto do país.
O primeiro carregador para as viaturas eléctricas, propriedade do Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI) foi apresentado aos participantes da Conferência Internacional sobre as Energias Renováveis.
“Há iniciativa de um grupo de instituições e empresas públicas de Cabo Verde para, a título experimental, importar sete carros eléctricos”, anunciou a fonte da Inforpress, acrescentando que se está a trabalhar a parte institucional, em termos de regulamentação, para a “viabilização” do projecto.
Instado se acredita que até ao horizonte 2030 o país será abastecido em 50% (por cento) a partir das chamadas energias limpas, Rito Évora respondeu nesses termos: “Acreditamos que sim e estudos apontam nesse sentido. Este é o objectivo do nosso Master Plan para o sector eléctrico 2018-2040. Estamos a falar em 54% e isto vai implicar mudar muita coisa no sistema eléctrico, nomeadamente a introdução do sistema de armazenamento”.
“Gradualmente, iremos substituir a produção térmica por mais energias renováveis intermitentes, mas assistidos também por mecanismos de compensação e estabilização das redes e armazenamento de energias”, precisou o responsável.