Num estudo lançado esta segunda-feira, agência destaca que as redes fechadas, conhecidas como a DarkNet, permitem que a exploração, o tráfico e o abuso sexual de menores sejam "feitos por encomenda".
No relatório de 2017 sobre a situação da "Criança no mundo digital", a agência destaca que a forte presença de aparelhos móveis na vida dos menores tornou o acesso online menos controlado e, potencialmente, mais perigoso.
O documento cita as diferentes formas como a tecnologia afecta sobretudo a vida das crianças desfavorecidas e práticas comerciais que criar políticas eficazes em benefício dos mais novos.
Segundo a Unicef, os governos e o sector privado têm um papel relevante. A agência considera que estes não acompanharam o ritmo das mudanças da internet para proteger os menores dos perigos online e aumentar o acesso a conteúdos seguros.
O director-executivo da Unicef, Anthony Lake, afirmou que o maior desafio num mundo digital é "mitigar os riscos e simultaneamente maximizar os benefícios da internet", uma vez que quer "para o melhor e para o pior, a tecnologia digital é um fato irreversível" no dia-a-dia das crianças.
O documento também destaca as desigualdades regionais existentes no mundo digital.
Os jovens africanos são os menos ligados à rede global: três em cada cinco não têm acesso ao mundo digital. Na Europa, apenas um em cada 25 jovens não está ligado à rede.
A nível mundial, os jovens representam a faixa etária com mais acesso à rede, representando 71% dos atuais 7,6 mil milhões de habitantes do planeta.
De acordo com o director-executivo da Unicef, "as políticas, práticas e produtos digitais deveriam reflectir melhor as necessidades, perspectivas e vozes das crianças".
O relatório da Unicef sobre "Criança no mundo digital" considera importante que esse grupo seja protegido dos perigos online, incluindo abusos, exploração, tráfico, assédio virtual, ou cyberbulismo, e a exposição a materiais inapropriados.