"Há um ano, quando iniciei o meu mandato, lancei um apelo à paz para 2017. Infelizmente o mundo seguiu, em grande medida, o caminho inverso. No primeiro dia do ano de 2018, não vou lançar um novo apelo. Vou emitir um alerta ao mundo", declarou Guterres.
Na sua curta mensagem, o líder das Nações Unidas e antigo primeiro-ministro português afirmou que, em 2017, "os conflitos aprofundaram-se e novos perigos emergiram, a ansiedade global relacionada com as armas nucleares atingiu o seu pico desde a guerra fria".
Pela negativa, Guterres assinalou que "as alterações climáticas avançam mais rapidamente" do que os esforços para as enfrentar, tal como "as desigualdades, acentuam-se", persistem "violações horríveis" de direitos humanos e "estão a aumentar" os nacionalismos e a xenofobia.
"Ao começarmos 2018, apelo à união. Acredito verdadeiramente que podemos tornar o mundo mais seguro, podemos solucionar os conflitos, solucionar os ódios e defender os valores que temos em comum, mas só poderemos fazê-lo em conjunto", afirmou.
O secretário-geral das Nações Unidas deixou ainda um apelo aos líderes de todo o mundo para que assumam um compromisso: "Estreitem laços, lancem pontes, reconstruam a confiança, reunindo as pessoas em torno de objetivos comuns".
A união, referiu ainda, "é o caminho e o nosso futuro depende dela", deixando, no final da mensagem dirigida aos "queridos amigos em todo o mundo", os desejos de "paz e saúde em 2018".