Um comunicado assinado pelo departamento de comunicação da CEDEAO, a que a Lusa teve hoje acesso, indica que a organização sub-regional adopta as sanções, que implicam o impedimento de viagem dos sancionados, bem como as respectivas famílias, congelamento dos seus bens financeiros e impedimento de participação nas actividades da comunidade.
Os sancionados são: Braima Camará, Rui Dia de Sousa, Soares Sambu, Abel da Silva Gomes, Manuel Nascimento Lopes, Eduardo Mamadu Balde, Maria Aurora Abissa Sano, todos deputados expulsos do PAIGC.
O castigo também foi aplicado à Florentino Mendes Pereira, secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS), Orlando Mendes Viegas, vice-presidente do mesmo partido e ministro das Pescas no Governo demissionário, Certório Biote, líder do grupo parlamentar do PRS, e Domingos Quade, dirigente da mesma formação política.
Ainda do PRS são alvo de sanções Carlitos Barai e Domingos Malu, actual e ex-ministro da Saúde Pública.
Também constam da lista o ex-Procurador-geral da República António Sedja Man e o actual titular daquele órgão, Bacari Biai, o ministro do Interior do Governo demissionário, Botche Cande, Herson Gougjabi Vaz, filho do Presidente guineense, e os também ministros do Comércio, Victor Madinga, e do Turismo, Fernando Vaz.
A proposta de sanções foi avançada por Faure Gnassimbé, chefe do Estado do Togo e presidente em exercício da CEDEAO, mas foi adoptada pelos restantes dirigentes da comunidade, que pedem às outras organizações que apoiem a sua aplicação.
O apelo foi dirigido às Nações Unidas, União Africana, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Europeia e Organização Internacional da Francofonia.
O comunicado informa ainda que um comité de seguimento, constituído pelo Togo, Guiné-Conacri e a comissão da CEDEAO irá seguir a aplicação das sanções e se reserva o direito de actualizar a lista de pessoas que poderão ser alvo de sanções na Guiné-Bissau, conforme o evoluir da situação política.