O líder iraniano, que falava perante a Assembleia Geral anual das Nações Unidas, em Nova Iorque, considerou "absurda" a posição do Presidente norte-americano, Donald Trump, que anteriormente tinha apelado, da mesma tribuna, para um "isolamento" do "regime iraniano corrupto".
A segurança não pode ser "um brinquedo" da política interna norte-americana, considerou Rohani.
"É paradoxal que os Estados Unidos nem sequer procurem esconder o seu plano para derrubar o Governo, apesar dos convites para o diálogo", disse.
Debruçando-se sobre a retirada, em maio, dos Estados Unidos do acordo nuclear negociado em 2015, Rohani classificou como "terrorismo económico" o restabelecimento das sanções norte-americanas ao país.
"Estas sanções unilaterais ilícitas representam uma forma de terrorismo económico e uma violação do direito ao desenvolvimento", sustentou.
Neste contexto, o líder iraniano rejeitou qualquer ideia de negociação bilateral com Washington.
"Como é que podemos dialogar com uma administração com uma conduta tão má", questionou.
No entanto, adiantou que as negociações poderiam ser retomadas imediatamente no âmbito das Nações Unidas.
"Para que o diálogo aconteça não são necessárias fotografias [...] O diálogo pode ser retomado nesta assembleia no mesmo pronto e pela mesma pessoa que denunciou o acordo", disse.