Rui Rio falava aos jornalistas no final de uma audiência com o primeiro-ministro cabo-verdiano, no âmbito de uma visita que está a realizar a Cabo Verde, onde hoje à tarde vai encerrar a Universidade de Verão do Movimento para a Democracia (MpD).
Neste evento, o presidente social-democrata irá fazer uma intervenção sobre a posição do PSD em relação à política externa, tendo antes revelado aos jornalistas algumas ideias, que passam pelo Atlântico como "espaço vital" para Portugal, a par da Europa.
"A política externa portuguesa tem-se afirmado e deve continuar a afirmar-se virada para a Europa, onde estamos integrados e bem integrados, mas essa integração vem dos anos 80 e, quando nos viramos para o Atlântico, temos uma integração e vocação de 600 anos", referiu.
Para Rui Rio, a política externa portuguesa é virada para a Europa, mas também para o Atlântico, seja Atlântico na óptica dos Estados Unidos, seja na óptica da língua.
"E aqui temos Cabo Verde, São Tomé, Guiné-Bissau, Brasil, Angola", sublinhou.
"Tudo isto é um espaço vital para Portugal, independentemente de sermos um país europeu, mas devemos ter em atenção estas duas frentes: uma frente normal, lógica, pelo desenvolvimento que a política, a economia e a história tiveram em relação à Europa, mas há também todo um património cultural e histórico que está deste lado e que temos de estar virados para ele. E temos estado", acrescentou.
Sobre o encontro com o primeiro-ministro, Rui Rio disse que abordaram a situação dos próprios partidos, uma vez que "são dois partidos irmãos, o MpD e o PSD", e também as relações entre Portugal e Cabo Verde e no seio da própria Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).