Esta é a resposta de Ulisses Correia e Silva ao apelo de Jorge Carlos Fonseca, feito esta segunda-feira, para que Cabo Verde, Portugal e São Tomé e Príncipe arranjem “uma solução para a dolorosa situação em que vice muitos cabo-verdianos que foram para São Tomé e Príncipe nos anos 1960”.
“Nós já estamos a preparar este dossier há algum tempo, para podermos inventariar qual é a situação real das comunidades, aquelas que emigraram na década de 60, e, em conjunto com Portugal, tentar criar uma solução. Mas é algo que está a ser trabalhado, para depois podermos negociar que soluções serão desenvolvidas”, afirma.
Do lado de Portugal, António Costa, que está em Cabo Verde no âmbito das celebrações do Dia de Portugal, manifesta a disponibilidade do governo português para encontrar uma solução que resolva a situação dos cabo-verdianos.
“Nós estamos disponíveis para colaborar. É fundamental, desde logo, que haja entendimento entre Cabo Verde e São Tomé. Havendo esse entendimento, estamos disponíveis para ajudar a colaborar”, garante.
Cerca de 30 mil imigrantes e descendentes cabo-verdianos estão radicados em São Tomé e Príncipe, distribuídos em 185 comunidades, sendo 150 em São Tomé e 35 na ilha do Príncipe. A situação de precariedade por que passam é há longos anos do conhecimento das autoridades.