A informação foi tornada pública através de uma publicação na conta da embaixadora na rede social Twitter.
Segundo diplomatas citados pela agência de notícias France-Presse, tanto a Ucrânia como a Rússia reivindicam o pedido de agendamento da reunião de emergência.
O Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia reuniu já de urgência e propôs ao Presidente Petro Poroshenko que ordene a lei marcial "por 60 dias", informou o secretário daquele organismo.
A decisão tem que ser votada pelo Parlamento ucraniano, durante uma sessão extraordinária marcada para a tarde de hoje.
A NATO pediu, também no domingo, "contenção" à Rússia e à Ucrânia após um ataque a três navios ucranianos no mar de Azov e instou Moscovo a permitir a livre circulação nas suas águas territoriais.
A NATO apelou igualmente à "contenção e à redução de tensões", informou a porta-voz da Aliança Atlântica, Oana Lungescu.
No domingo, a Armada ucraniana acusou a Rússia de ter apresado três navios militares da Ucrânia e fechado o estreito de Kertch, tendo disparado contra as embarcações e ferido três pessoas, situação que já foi confirmada por Moscovo.
Lungescu sublinhou que, na cimeira Aliada de Julho, em Bruxelas, os líderes da NATO expressaram o seu apoio à Ucrânia e deixaram claro que a militarização russa em curso na Crimeia, no mar Negro e no mar de Azov faz "supor mais ameaças à independência da Ucrânia e agita e põe em causa a estabilidade da região".
Entretanto, a alta representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança exigiu à Rússia que restaure a liberdade de circulação no estreito de Kertch, para baixar a tensão na região.
"Esperamos que a Rússia restaure a liberdade de passagem no estreito de Kertch e apelamos a todos para actuarem com a maior contenção para baixar a tensão imediatamente", indicou a porta-voz de Frederica Mogherini, em comunicado.
"A União Europeia não reconhece e não reconhecerá a anexação ilegal da península da Crimeia por parte da Rússia", frisou.