Pompeo na ONU para pedir reconhecimento de Presidente Guaidó

PorExpresso das Ilhas, Lusa,25 jan 2019 17:07

O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, vai participar no sábado numa reunião do Conselho de Segurança da ONU para apelar à comunidade internacional para reconhecer Juan Guaidó como "Presidente constitucional interino da Venezuela".

A reunião sobre a crise venezuelana foi pedida pelos Estados Unidos, que reconheceram na quarta-feira a autoridade daquele opositor ao contestado Presidente Nicolás Maduro.

Mike Pompeo "vai exortar os membros do Conselho de Segurança e a comunidade internacional a preservarem a paz e a segurança internacionais reconhecendo Juan Guaidó como Presidente constitucional interino da Venezuela", indicou hoje o Departamento de Estado num comunicado.

O secretário de Estado vai também "apelar a que se apoie o governo de transição nos seus esforços para restabelecer a democracia e o Estado de Direito".

Os Estados Unidos foram o único dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança a ter reconhecido formalmente Juan Guaidó como Presidente em vez de Nicolás Maduro.

A França e o Reino Unido expressaram apoio a Guaidó enquanto presidente da Assembleia Nacional e consideraram "ilegítima" a reeleição de Nicolás Maduro, enquanto a Rússia manteve o apoio ao dirigente socialista e a China criticou "ingerências externas".

Juan Guaidó autoproclamou-se na quarta-feira Presidente interino da Venezuela, perante milhares de pessoas concentradas em Caracas.

Além dos Estados Unidos, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a maioria dos países da América Latina reconheceram-no como Presidente interino, à exceção de México, Bolívia, Nicarágua e Cuba, que se mantêm ao lado de Maduro, assim como a Turquia e o Irão.

Os protestos na Venezuela causaram pelo menos 26 mortos em quatro dias, segundo o Observatório Venezuelano dos Conflitos Sociais (OVCS), uma organização da oposição.

A ONU referiu que mais de 350 manifestantes foram presos desde o início da semana.

Os dados desta organização indicam que 2,3 milhões de pessoas fugiram da Venezuela desde 2015 devido à crise política e económica no país, onde vivem cerca de 300.000 portugueses e lusodescendentes.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,25 jan 2019 17:07

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  16 out 2019 23:21

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