As conclusões do relatório, domingo divulgadas pelo secretário da Justiça norte-americano, William Barr, constituem uma incontestável vitória para o Presidente dos Estados Unidos, que há meses repetia não ter havido qualquer “conluio”, e melhoram as suas perspectivas de uma reeleição em 2020.
“As investigações do procurador especial não determinaram que a equipa da campanha eleitoral de Trump ou qualquer pessoa a ela associada se tenha entendido ou coordenado com a Rússia nos seus esforços para influenciar a eleição presidencial norte-americana de 2016”, indicou Barr numa mensagem de correio electrónico de quatro páginas enviada ao Congresso e tornada pública logo a seguir.
A Casa Branca considerou, nas palavras da sua porta-voz, Sarah Sanders, que, com este relatório, o Presidente dos Estados Unidos fica “totalmente exonerado”.
Donald Trump, que está a passar o fim-de-semana na Florida, no seu luxuoso clube de Mar-a-Lago, não reagiu de imediato à mensagem de correio electrónico do seu secretário da Justiça.
Quanto à outra questão central deste caso, uma eventual obstrução à justiça por parte do chefe de Estado norte-americano, Mueller não emitiu uma conclusão definitiva.
“Apesar de este relatório não concluir que o Presidente cometeu um crime, também não o exonera”, escreveu o procurador especial, citado pelo secretário da Justiça.
Mas Barr, primeiro destinatário do tão aguardado relatório da investigação, conclui, por sua vez, que o documento, que analisou desde sexta-feira, não menciona qualquer crime susceptível de desencadear procedimentos judiciais com base numa obstrução à justiça.