De acordo com os regulamentos vigentes, a petição, promovida pela britânica Margaret Anne Georgiadou no portal de petições, será debatida na segunda-feira pelos deputados britânicos, mas trata-se de um acto simbólico, porque não haverá votação.
Na sua resposta aos signatários, o executivo britânico já assinalou, há alguns dias, que não tem a intenção de cancelar a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que a 29 de março de 2017 deu início a dois anos de negociações com Bruxelas para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
“Honraremos o resultado do referendo de 2016 e trabalharemos com o Parlamento para aprovar um acordo para garanta a saída da União Europeia”, referiu ainda a resposta, observando que a revogação do artigo “enfraqueceria a democracia”.
O Reino Unido teria que ter deixado o bloco europeu na última sexta-feira, mas acabou por solicitar uma prorrogação do prazo porque a Câmara dos Comuns ainda não aprovou um acordo de saída.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, planeia submeter o seu acordo a uma votação pela quarta vez nesta semana, após três derrotas anteriores, enquanto os deputados tentarão nesta segunda-feira chegar a um consenso através de uma via alternativa.
Em 2016, uma petição que pedia um segundo referendo, após a vitória do “Brexit” em 23 de junho daquele ano, reuniu 4,2 milhões de assinaturas.