Na sua mensagem sobre a data, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que apesar dos progressos na redução da mortalidade materna e número de casos de gravidez indesejada, muitos desafios permanecem.
O responsável destaca que se assiste a um retrocesso nos direitos das mulheres, inclusive nos serviços essenciais de saúde.
Questões relacionadas à gravidez ainda são a principal causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos. A violência baseada no género, enraizada na desigualdade, continua a ser um preço muito alto, segundo Guterres.
A ONU considera que a população cresce a um ritmo desigual. Para muitos dos países menos desenvolvidos, os desafios para o desenvolvimento sustentável são agravados pelo rápido crescimento populacional e pela vulnerabilidade às mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, outras nações enfrentam o desafio do envelhecimento da população, incluindo a necessidade de promover um envelhecimento activo e saudável e fornecer protecção social adequada.
Com a urbanização, 68% da população mundial deverá viver em áreas urbanas até 2050. Guterres destaca que o desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas dependerão cada vez mais da gestão bem-sucedida do crescimento urbano.
Para o chefe da ONU, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável é o modelo mundial para um futuro melhor para todos, num planeta saudável.
O Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) anunciou que mais de 200 milhões de mulheres e meninas querem atrasar ou evitar a gravidez, mas não têm meios.
A directora executiva da agência, Natália Kanem, disse que essas mulheres e meninas são de populações mais pobres, membros de comunidades indígenas, rurais e marginalizadas, que vivem com deficiências, e enfrentam as maiores lacunas nos serviços.
Kanem destaca que este é o momento de agir, para garantir que todas as mulheres e meninas possam exercer os seus direitos. A líder da UNFPA destaca que o custo da falta de acção é demasiado alto,.