Depois da Nigéria ter anunciado o primeiro caso na semana passada, o ministro da Saúde senegalês confirmou a infecção de um homem francês, que vive no Senegal, e que regressou recentemente de França, um dos países europeus afectados pelo COVID-19.
Segundo as autoridades sanitárias senegalesas, o doente esteve em contacto com a mulher e os dois filhos e está agora em quarentena num hospital na capital, Dakar.
"É um caso suspeito que está em processo de validação", dissera, anteriormente, o presidente senegalês, Macky Sall, aos órgãos de comunicação social senegaleses no final de uma reunião especial dedicada à situação. Com a confirmação deste primeiro caso, Macky Sall defendeu que a mesma"significa que teremos de mudar o nosso comportamento."
"Isso significa que a doença está dentro dos nossos muros", disse o presidente senegalês.
Segundo fontes governamentais, o indivíduo em questão está a ser tratado pelo Instituto Pasteur de Dakar (IPD), que tem um dos laboratórios africanos capazes de diagnosticar esta doença transmitida pelo vírus listado pela OMS como Covid-19. Um orçamento imediato de 1,4 mil milhões de francos CFA foi posto em prática pelo governo senegalês para gerir a crise.
A nível mundial já foram registados mais de 89 mil os casos do vírus, a sua maioria na China. A doença matou mais de três mil pessoas em todo o mundo.
A epidemia espalhou-se para 66 países, com mais de 8.800 casos e 130 mortos. Os países do norte de África como a Tunísia, a Argélia e o Egipto também confirmaram casos.