Durante o período de campanha, que se prolonga até dia 22, além de Macky Sall, o opositor Ousmane Sonko, o ex-primeiro-ministro Idrissa Seck, o advogado Madické Ninag e o líder do Partido pela Unidade e Congregação (PUR), El Hadji Sall, tentarão conquistar os votos dos eleitores senegaleses.
Macky Sall procura a reeleição depois de ter vencido a segunda ronda das últimas eleições presidenciais, em 2012, com pouco mais de 1,9 milhões de votos (65,8%), depois de na primeira volta ter sido o segundo candidato com mais votos, atrás de Abdoulaye Wade.
Numa lista provisória publicada inicialmente pelo Tribunal Constitucional do Senegal, constavam as candidaturas de duas figuras proeminentes da oposição, o ex-presidente da Câmara de Dacar Khalifa Sall e o ex-ministro Karim Wade, tendo sido ambas excluídas devido a condenações por peculato.
Khalifa Sall foi condenado em 2018 a cinco anos de prisão e multado em cinco milhões de francos CFA (7.625 euros) por falsificação de registos comerciais e documentos administrativos, fraude fiscal e lavagem de dinheiro.
Por sua vez, Karim Wade, filho do ex-Presidente Aboudalaye Wade (2000-2012), foi condenado em 2015 a seis anos de prisão e uma multa de 138.000 milhões de francos CFA (210 milhões de euros).
Em 2016, Karim Wade foi indultado por Macky Sall, embora tivesse mantido a multa e, após a sua libertação, foi para o exílio no Qatar, até que decidiu voltar em 2018 para se apresentar como candidato.
No entanto, de acordo com o código eleitoral senegalês, se uma pessoa for condenada à prisão por cinco anos ou mais não pode votar e, consequentemente, não pode candidatar-se.