Sall precisava de uma maioria para evitar uma segunda volta das eleições, o que veio a verificar-se.
Não é ainda claro que algum candidato venha a contestar em tribunal os resultados eleitorais, mas no início da semana dois candidatos da oposição, Idrissa Seck e Ousmane Sonko, insurgiram-se publicamente contra notícias na comunicação social senegalesa que antecipavam a vitória do actual presidente, agora confirmada pela comissão eleitoral.
De acordo com resultados ainda provisórios, Seck obteve 20,50% dos votos e Sonko registou 15,67% dos escrutínios. A oposição anunciou que daria uma conferência de imprensa assim que fossem divulgados os resultados.
O primeiro mandado de Sall, com 57 anos, ficou marcado pela construção rodoviária e pela criação de empregos, registo ainda assim criticado pela oposição, que sublinha a elevada taxa de emigração senegalesa, sobretudo entre a camada mais jovem.
O Senegal é desde há décadas um exemplo de democracia num continente tingido por golpes de Estado frequentes. Os observadores internacionais enviados às eleições senegalesas não registaram irregularidades relevantes nas eleições de domingo último.
Estas presidenciais foram, porém, marcadas por alegações segundo as quais a presidência senegalesa bloqueou a participação de dois políticos da oposição proeminentes: um antigo governador de Dakar, Khalifa Sall, com o mesmo nome, mas sem relação de parentesco com o Presidente, e Karim Wade, filho do antecessor de Mecky Saal, o ex-President Abdoulaye Wade, ambos envolvidos em processos judiciais de corrupção.