O UNICEF fez este alerta numa mensagem alusiva ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, comemorado a 12 de Junho.
“A crise causada pela pandemia da COVID-19 apresenta riscos sem precedentes para os direitos, segurança e desenvolvimento das crianças. Esta crise pode também empurrar milhões de crianças vulneráveis para o trabalho infantil tendo estas de contribuir para o rendimento familiar numa idade ainda muito jovem”, lê-se.
Conforme a mesma fonte, com a COVID-19, em muitos países, as escolas encontram-se encerradas e as crianças que já trabalhavam durante parte do seu tempo livre ou que estavam em risco de vir a trabalhar podem nunca mais voltar à escola.
De acordo com os dados da OIT, citados pela UNICEF, antes da propagação da COVID-19, cerca de 100 milhões de crianças haviam sido retiradas da situação de trabalho infantil, baixando o número de 246 milhões, em 2000, para 152 milhões, em 2016; 73 milhões das quais realizam trabalhos perigosos.
A UNICEF lembra ainda que a Agenda 2030 dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável estabelece na meta 8.7, o prazo para erradicação de todas as forma de trabalho infantil até 2025 e que as Nações Unidas declararam 2021, o Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil.
“Este é um desafio que temos que enfrentar juntos, governos, entidades de empregadores e trabalhadores, agências das Nações Unidas, sociedade civil e por muitos outros que estão preocupados em combater o trabalho infantil”, refere.
Assim, a UNICEF reitera o seu total comprometimento em continuar a trabalhar com os parceiros nacionais para acelerar o progresso na implementação dos direitos da criança, para que, para cada criança, todos os direitos sejam cumpridos, agora e para as gerações vindouras.