"A redução de tropas na nossa fronteira conduz a uma redução proporcional da tensão", escreveu Zelensky na rede social Twitter.
"A Ucrânia continua vigilante, mas congratula-se com qualquer medida visando reduzir a presença militar", adiantou.
Antes a Rússia tinha anunciado que vai iniciar na sexta-feira a retirada das suas tropas concentradas perto da fronteira com a Ucrânia e na Crimeia anexada ao referir que os exercícios foram concluídos.
"As tropas demonstraram a sua capacidade em assegurar uma defesa fiável do país. Assim, decidi terminar as atividades de inspecção nos distritos militares do sul e do oeste", fronteiriços com a Ucrânia, declarou o ministro da Defesa russo, Serguei Choigu, citado num comunicado.
A deslocação em massa de tropas para estas duas regiões e os exercícios militares na Crimeia que envolveram dezenas de navios, centenas de aviões e milhares de soldados, numa demonstração de força, suscitou apreensões no Ocidente e em Kiev.
Os Estados Unidos e a NATO referiram que as manobras militares russas junto da Ucrânia foram as mais significativas desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia e iniciou o apoio aos rebeldes separatistas do leste ucraniano.
Moscovo rejeitou as alegações ucranianas e ocidentais sobre estas manobras, ao argumentar que tem o direito de deslocar as suas forças para qualquer região do território russo alegando que não constituíam uma ameaça.
O Kremlin avisou ainda as autoridades ucranianas contra um eventual uso da força para retomar o controlo do leste rebelde, onde sete anos de combate provocaram mais de 14.000 mortos, e assegurando que a Rússia poderá ser forçada a intervir para proteger a população civil russófona da região.