O chefe da polícia regional, Harum Umer, disse à BBC que os incidentes tiveram lugar na cidade de Belo, onde um grupo de milicianos atacou as forças de segurança.
Disse que 19 pessoas foram mortas nos combates, embora ainda não sejam conhecidos mais pormenores ou reivindicações de responsabilidade. Entre os mortos encontra-se um administrador distrital, que não foi identificado.
Benishangul-Gumuz, localizada ao longo da fronteira entre a Etiópia e o Sudão, tem sido o cenário de violências étnicas sangrentas nos últimos meses, algumas das quais foram atribuídas à Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) e a grupos armados alegadamente apoiados pela região do Tigray.
Tigray tem sido o cenário de conflito entre o exército e a TPLF, desde Novembro de 2020, quando o primeiro-ministro, Abiy Ahmed, ordenou uma ofensiva na sequência de um ataque do grupo à principal base das forças armadas na capital regional, Mekelle.
Está actualmente em vigor uma "trégua humanitária", embora ambas as partes se tenham acusado mutuamente de impedirem a entrega de ajuda.
O TPLF acusa Abiy de alimentar tensões desde que chegou ao poder, em Abril de 2018, quando se tornou o primeiro Oromo a tomar posse.
Até então, a TPLF tinha sido a força dominante no seio da coligação governante da Etiópia, desde 1991, a Frente Democrática Revolucionária Popular Etíope (EPRDF), de base étnica. O grupo opôs-se às reformas da Abiy, que considerou como uma tentativa de minar a sua influência.