Israel ataca infraestruturas nucleares e militares no Irão. Teerão promete “punição dolorosa”

PorExpresso das Ilhas,13 jun 2025 8:29

Na noite de quinta-feira para sexta-feira, Israel lançou uma operação aérea de larga escala contra múltiplos alvos estratégicos no Irão, incluindo infraestruturas nucleares, bases de mísseis e centros de comando dos Guardas Revolucionários. O ataque, descrito como “preventivo”, causou baixas entre altos responsáveis militares iranianos e provocou uma imediata resposta de Teerão, com o lançamento de drones e ameaças de uma retaliação mais severa.

De acordo com o The Times, a operação israelita envolveu cerca de 200 aeronaves e visou mais de 100 alvos no território iraniano, incluindo a instalação nuclear de Natanz, laboratórios de investigação e centros de comando das forças armadas. Segundo o mesmo jornal, morreram figuras-chave como o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe do Estado-Maior General, Mohammad Bagheri, bem como pelo menos seis cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.

A ofensiva foi justificada pelas autoridades israelitas como uma acção destinada a impedir o Irão de atingir um ponto sem retorno no seu programa nuclear. Um alto responsável israelita, citado pela Reuters, afirmou que “Israel está a agir agora porque não pode permitir que o Irão obtenha uma capacidade nuclear operacional”.

Retaliação com drones e ameaça de escalada

Em resposta, o Irão lançou mais de 100 drones armados em direcção ao território israelita. Segundo o The Guardian, a maioria foi interceptada antes de chegar ao espaço aéreo israelita, graças à cooperação de países vizinhos como a Jordânia e a Arábia Saudita.

O general iraniano Abolfazl Shekarchi declarou que o Irão tem “um direito legal e legítimo de responder”, invocando o artigo 51 da Carta das Nações Unidas. Já o líder supremo uaraniano, Ali Khamenei, prometeu uma “punição áspera e dolorosa” contra Israel, acusando os Estados Unidos de cumplicidade moral no ataque.

Impacto internacional e resposta global

Os Estados Unidos confirmaram que foram informados previamente do ataque, mas negaram qualquer envolvimento directo na operação. De acordo com a Reuters, o porta-voz do Departamento de Estado afirmou que Washington “continua comprometido com a contenção de uma escalada regional”.

Diversos países reagiram rapidamente. A França, Japão, Turquia e Austrália apelaram à contenção, enquanto a Rússia e a China condenaram o ataque como uma “grave violação do direito internacional”. A Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) confirmou que algumas instalações nucleares foram atingidas, mas não houve até agora sinais de contaminação radioactiva.

Mercados em alerta e medidas de segurança

Os mercados reagiram de imediato: o preço do petróleo subiu 7%, enquanto o ouro teve uma valorização de 1%, reflectindo o receio de uma nova escalada militar no Médio Oriente.

Israel colocou o país em estado de alerta máximo. Abrigos antiaéreos foram abertos, voos comerciais suspensos e instrucções de evacuação foram emitidas para regiões mais vulneráveis. O The Guardian informa que escolas foram encerradas e a actividade pública limitada em várias cidades do país.

Do lado iraniano, o presidente Ebrahim Raisi nomeou Ahmad Vahidi como comandante interino da Guarda Revolucionária, após a confirmação da morte de vários altos dirigentes militares.

Perspectivas

Analistas alertam para o risco de o conflito se alastrar para outros territórios através de grupos aliados ao Irão, como o Hezbollah no Líbano, os Houthis no Iémen e milícias xiitas no Iraque e na Síria. O equilíbrio regional permanece altamente volátil.

A operação israelita marca um ponto de inflexão nas tensões entre Telavive e Teerão, e poderá abrir caminho para uma nova fase de confrontos directos, com implicações imprevisíveis para a estabilidade do Médio Oriente e para o cenário geopolítico global.

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Autoria:Expresso das Ilhas,13 jun 2025 8:29

Editado porAndre Amaral  em  13 jun 2025 23:27

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