A responsável explica que o que está em causa são análises caso a caso, com o objectivo de garantir a segurança dos Estados Unidos
“Não há nenhuma proibição de vistos. As pessoas ainda podem solicitar visto. As nossas embaixadas e os nossos consulados ao redor do mundo estão recebendo solicitantes. Portanto, vamos considerar cada solicitação de visto, utilizando as medidas necessárias para proteger a nossa segurança nacional. Importante lembrar que o solicitante de visto, se fosse um visto de não-imigrante, de turista, estudante, a pessoa precisa demonstrar laços suficientes com o seu país para comprovar que a pessoa vai voltar para o seu país”, refere.
Questões relacionadas com alegadas restrições de viagens a mais de 36 países africanos e o aumento de tarifas foram consideradas obstáculos aos negócios pelo presidente da Comissão da União Africana, durante a 17.ª Cimeira de Negócios EUA–África, que decorreu na última semana, em Luanda. Sobre o fim do AGOA – Lei de Crescimento e Oportunidade para África – bem como dos programas de ajuda ao desenvolvimento, Amanda Roberson afirma que a estratégia passa por deixar de prestar assistência para reforçar a diplomacia comercial entre os Estados Unidos e África.
“Os Estados Unidos estão comprometidos em trabalhar com os parceiros africanos. Estamos realinhando, reposicionando o nosso trabalho da ajuda, da assistência que tradicionalmente oferecemos na África. Agora estamos fazendo uma mudança para uma estratégia de diplomacia comercial, convidando membros do sector privado americano, governos africanos à mesa, para negociar acordos, para abrir o claro potencial que existe em África”, explica.
A porta-voz de Língua Portuguesa do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América destaca a tecnologia digital, as energias renováveis sustentáveis e a modernização das infraestruturas como sectores prioritários para os investimentos norte-americanos no continente africano nos próximos anos, incluindo em Cabo Verde.
“Em Cabo Verde vemos as mesmas prioridades que vemos em outras regiões. A importância de encontrar fontes de energia sustentável, mas também para focar nos sectores que criam empregos para as pessoas em Cabo Verde. Aqui entendemos que economias fortes significam países também mais seguros, mais fortes, mais democráticos. E essa é a nossa visão para o continente e para Cabo Verde. Trabalhar juntos, para juntos ser mais fortes, mais resilientes e mais seguros para o futuro”, diz.
Amanda Roberson afirma que o Governo dos Estados Unidos está em diálogo com os governos africanos para reduzir algumas barreiras, como o excesso de burocracia, que podem dificultar os investimentos norte-americanos no continente.