De acordo com o Sindicato de Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (SITTHUR), a decisão saiu de uma assembleia de trabalhadores, realizada sábado, com o objectivo de avaliar a situação dos processos de reestruturação da TACV.
A proposta de indeminização apresentada pela empresa para a rescisão por mutuo acordo, o programa de pré-reforma, condições para transferência de trabalhadores para ilha do Sal e ameaças de despedimento, foram os assuntos debatidos durante a assembleia.
Em comunicado o SITTHUR diz que durante a reunião constatou-se “a existência, neste momento, de um clima de grande descontentamento e revolta no seio dos trabalhadores, por causa das medidas que estão a ser tomadas pela administração da empresa, ignorando completamente os trabalhadores e os seus representantes”.
“Constatou-se ainda, existência de um ambiente de grande pressão, de ameaças e de intimidação dos trabalhadores por parte dos responsáveis da empresa, no sentido de impor, à força as suas medidas”, refere a mesma fonte.
Relativamente a proposta de 25/27 dias de salários de indeminização, o SITTHUR informa que foi “liminarmente rejeitada, pelos trabalhadores, por ser irrisória, injusta e carecer de suporte legal”.
Durante a reunião os trabalhadores insistiram na reabertura, urgente do programa de pré-reforma e no cumprimento dos compromissos assumidos pela administração da empresa perante o sindicato.
O comunicado diz também que os trabalhadores não aceitam ser transferidos para ilha do Sal, sem que, previamente sejam discutidos e acordadas as condições para a transferência.
Na reunião foi ainda incumbido o de contactar os sindicatos dos pilotos e do Pessoal Navegante de Cabine (PNC), sobre as propostas de acções a desenvolver e a sua participação.
Os trabalhadores incumbiram igualmente o SITTHUR de contactar os sindicatos das outras ilhas, no sentido do envolvimento dos trabalhadores nas várias acções a serem desencadeadas.