A preocupação foi manifestada hoje, à Rádio Morabeza, pelo presidente do SITTHUR, Carlos Lopes, que aponta alguma resistência em cumprir aquilo que foi acordado.
“Se o Governo já anunciou que a privatização vai ser para breve, então é preciso acautelar a entidade que deverá passar a pagar as pensões. Mas isso consta dos contratos assinados com cada trabalhador, de que a gestão dessas pensões seria transferida para a previdência social. Não sabemos porque razão há uma resistência em cumprir este compromisso. Nós vamos voltar a insistir com o Governo para a regularizar essa situação”, explica.
A pré-reforma foi uma das formas de desvinculação de parte dos trabalhadores da TACV, no âmbito do processo de reestruturação e privatização da empresa. A assinatura do documento entre a administração da transportadora aérea, a Direcção-Geral do Tesouro e o Instituto Nacional de Previdência Social consta do acordo com os ex-funcionários, mas ainda não foi cumprido.
Também o pessoal transferido para o Sal, no âmbito do hub, continua à espera do ajuste salarial.
“O custo de vida no Sal é muito mais elevado do que em outros pontos do país, nomeadamente na Praia, e desde o início, ainda antes de assinarem os acordos de transferência para o Sal, que levantaram essa questão. Até este momento, a empresa ainda não fez isso, e após alguma insistência vieram dizer que questão está a ser analisada e oportunamente a administração dará um feedback a respeito”, diz.
O Governo já disse que pretende privatizar a TACV até final deste ano. Já se sabe que a dona da empresa vai ser a Loftleidir Cabo Verde, da qual a Loftleidir Icelandic, proprietária da Icelandair, deterá 70% do capital sendo os outros 30% dispersos por outros investidores