A “informação é totalmente falsa”, aponta a Polícia Judiciária que nega igualmente ter pedido “aos familiares que não fizessem barulho para não prejudicar as investigações. Nenhum cadáver jamais foi enviado à Portugal”.
Segundo a nota de imprensa publicada pela PJ, o que aconteceu foi que, como “é de conhecimento público, a PJ encontrou, no passado dia 18 de Janeiro, algumas ossadas na zona de Ponta Bicuda, tendo sido recolhido, a partir destas, material para análise em Portugal, a fim de ser identificado. Nada mais!”
Dessa forma, a Polícia Judiciária “refuta tais informações” e alerta “sobre o perigo de transmitir informações falsas, que nada mais servem do que para instaurar pânico na população”.
Também já o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, tinha negado que a informação avançada pelo jornal francês Nice Matin fosse verdadeira.
“Isso não corresponde à verde nem de longe, nem de perto. As autoridades nacionais não fizeram isso e nem sabem de nada a esse respeito”, garantiu Paulo Rocha à margem da 1ª Reunião Ordinária do Conselho de Coordenação Técnica do Programa Nacional de Segurança Interna e Cidadania (PNSIC), que se realizou na Cidade da Praia.
De recordar que o jornal Nice Matin publicou no passado dia 12 de Março uma entrevista com Natalina Gonçalves que se declara como sendo Embaixadora para os Direitos Humanos em Cabo Verde. Na entrevista Natalina Gonçalves alega que “recentemente dois cadáveres foram encontrados. As identidades não foram reveladas ao público e os corpos foram enviados para Portugal”. Na mesma entrevista, a auto-intitulada embaixadora dos Direitos Humanos aponta para um alegado esquema de tráfico de órgãos uma vez que “um dos corpos encontrados não teria quaisquer órgãos no seu interior”.