A posição é do presidente da Associação Nacional das Empresas de Segurança Privada, Francisco Nascimento, que falava hoje aos jornalistas, à margem da tomada de posse dos novos órgãos sociais da organização empresarial.
“Para já estipulou-se um salário mínimo de 17 mil escudos, mas vai até vinte e tal mil escudos, queremos dizer que já é um passo importante, porque ter uma grelha salarial aprovada e que faz alguma justiça é lógico. O serviço da segurança privada é um serviço árduo e de muita responsabilidade, o Estado tem que ter atenção, que é momento de se criar as condições para que os vigilantes os profissionais das empresas de segurança privada tenham um salário justo e adequado à tarefa que fazem”, afirma.
Francisco Nascimento alerta que, com a entrada em vigor do novo acordo de trabalho, vai haver um agravamento do valor cobrado às empresas que contratam vigilância privada, pelo que é necessário um esforço de sensibilização.
"O acordo já esta assinado, vai ser publicado, vai-se criar a comissão paritária, vai-se ter encontro com as identidades afins, para a publicação da portaria de extensão e, a partir dai, temos de fazer um trabalho de sensibilização das empresas que vão passar a pagar muito mais pelo serviço de segurança privada. Neste momento, as empresas de segurança privadas cobram à volta de cem contos e vai ter um aumento. Por volta de cento e cinquenta contos, nas ilhas de Santiago, São Vicente e de cento e oitenta contos para Boa Vista e Sal", explica.
No acto da tomada de posse dos novos órgãos directivos, a associação Nacional das Empresas de Segurança Privada assinou também um protocolo de cooperação com a Direcção Nacional da Polícia Nacional.
A cerimónia contou com a presença do Ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.
Em Cabo Verde existem actualmente 16 empresas de segurança privada, 11 das quais integram a associação do sector.