A informação foi avançada na tarde desta quarta-feira, pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, numa publicação na sua página de Facebook.
O governante garante que as condições já estão criadas para que os trabalhos possam arrancar, numa infra-estrutura que, na óptica de Olavo Correia, será determinante para o desenvolvimento da ilha.
“Vamos investir cerca de 15 milhões de euros nesta infra-estrutura. Já temos o compromisso de financiamento muito forte do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)”, assegura.
Além dos 15 milhões para o Porto, o ministro das Finanças anuncia cerca de 1,5 milhões de euros, também financiados pelo BAD, para investir na estrada de acesso à infra-estrutura portuária e um programa de apoio aos jovens e às mulheres da ilha do Maio, quer ao nível da formação, como ao nível do financiamento, através das microfinanças, ao nível da promoção empresarial, “para que possam estar preparados e melhor tirarem proveito da infra-estrutura”.
“No total, estamos a falar de 16,5 milhões de euros para esta ilha de grandes potencialidades e que precisa alavancar”, realça.
Segundo Olavo Correia, o presidente do BAD estará em Cabo Verde no mês de Julho, no âmbito da Cimeira dos Chefes de Estado da CPLP, na ilha Sal, sendo que vai aproveitar a vinda de Akinwumi Adesina para “marcar” a autorização da instituição bancária para o lançamento do concurso da construção do Porto do Maio.
A tutela da pasta das finanças sublinha que o Porto vai manter a sua localização actual.
As promessas e anúncios do governo surgem depois de anunciada, para Sábado, uma manifestação, no Maio, em protesto contra a falta de investimento público na ilha.
José Anes, porta-voz do grupo União Maiense, organizador da marcha, considera que a população do Maio é discriminada.
“Somos muito, muito discriminados. Existem muitas promessas feitas pelo Governo durante a campanha para as legislativas. Parece que tudo o que tinha sido dito está-se a ficar apenas no papel. Nada de acção”, disse terça-feira, à Rádio Morabeza.