Em declarações aos jornalistas, na cidade da Praia, Jorge Santos explicou que o Brasil propôs o adiamento por causa da instabilidade política no país, devendo a reunião acontecer depois da cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, agendada para 17 e 18 de Julho, na ilha do Sal.
"Fizemos uma proposta a todos os presidentes das assembleias nacionais da CPLP e dos observadores para adiarmos para depois da cimeira dos chefes de Estado porque, nessa altura, Cabo Verde já terá a possibilidade de iniciativa de convocar a assembleia parlamentar. Neste momento, não temos essa iniciativa porque Cabo Verde não preside, quem preside é o Brasil", disse Jorge Santos.
O presidente da Assembleia Nacional sublinhou ainda a importância "fundamental" da assembleia parlamentar para o funcionamento da comunidade lusófona.
"Não podemos falar de uma comunidade de países de língua oficial portuguesa sem esta dimensão representativa das pessoas. A sociedade civil, os parlamentos, a classe empresarial, têm de ter uma implicação na construção da comunidade", sustentou.
A ilha do Sal acolhe a 17 e 18 de Julho, a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP que vai marcar a transição da presidência do Brasil para Cabo Verde.
A reunião de parlamentos da comunidade lusófona antecede habitualmente a realização da cimeira.