Os trabalhadores dos Correios de Cabo Verde exigem a reposição do subsídio de Natal em 100%, após a administração da empresa decidir reduzir o valor para 60% este ano.
Em declarações a Rádio Morabeza, numa reacção à paralisação anunciada pelos funcionários dos Correios, para 20 e 21 deste mês, o administrador executivo da empresa afirma que “a deliberação que reduz o subsídio de Natal, tal como aconteceu em 2017, tem que ver com a situação de tesouraria da empresa”.
“Enquadra-se dentro dos parâmetros do regulamento interno para atribuição desse subsídio, ou seja, o subsídio é atribuído em percentagem, de acordo com o resultado da empresa. Não é um direito adquirido, mas sim um incentivo que depende da performance económica e financeira da empresa. A empresa dá o subsídio se estiver em condições financeiras de dar”, esclarece.
Cipriano Carvalho sublinha que a medida está de acordo com o regulamento da empresa e aponta o dedo ao que afirma “ser um pequeno grupo de empregados”.
“Todo esse barulho está sendo orquestrado por um pequeno grupo, meia dúzia, de empregados, que, inclusive, não produz como deveria, de modo a pagar o salário que recebe, liderado por um `individuo/empregado´, conotado de líder de um pseudo partido político que sistematicamente, de forma pouco ética, e sem escrúpulos, vem levando e fustigando o bom nome da empresa na praça pública, de maneira desadequada”, afirma.
Questionado sobre o facto de os Correios de Cabo Verde estarem há sete meses sem presidente, Cipriano Carvalho diz que há quórum e que a falta de um elemento “não coloca em causa as decisões tomadas”. De acordo com o responsável, “há luz verde do Governo” para o normal funcionamento da instituição. O novo presidente do conselho de administração da empresa estatal deverá ser nomeado até final deste mês, de acordo com o administrador executivo.