O secretário permanente do Sindicato de Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo, Carlos Lopes, diz que os trabalhadores não aceitam esta redução.
"Os trabalhadores vinham usufruindo, ao logo dos anos, de um mês de completo de retribuição e a administração resolveu reduzir para 60% ou seja retirando 40%. Os trabalhadores não aceitam e nós também não aceitamos. A administração veio alegar que a situação da tesouraria não comporta, mas é a própria administração, na pessoa do seu administrador executivo, que não se tem cansado de repetir nos últimos dias, na comunicação social, que a empresa está bem", explica.
Carlos Lopes avança que a administração dos Correios se recusa a regularizar a situação dos trabalhadores e continua a admitir mais gente.
"Esta administração, na pessoa do seu administrador, tem feito admissões que vêm sendo contestadas. Porquê? Admissões que colocam pessoas recém-admitidas, à frente de pessoas, de trabalhadores que estão aqui há mais de 5, até há mais de 10 anos,. Recusam-se a regularizar a situação de muitos dos trabalhadores, enquanto vão admitindo outros e metendo no quadro, com melhores regalias" avança.
O secretário permanente do Sindicato de Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo acrescenta que participam na greve os trabalhadores dos Correios da ilha do Sal e São Vicente, os trabalhadores da sede, no Plateau, do centro de tratamento de distribuição de Achada Grande e agência de Achada de Santo António.
A garantia da administração dos Correios de Cabo Verde é que a greve de dois dias não vai afectar o funcionamento da empresa e que a mesma terá adesão de um pequeno grupo de trabalhadores.
“Um pequeno grupo de trabalhadores que está à frente da greve mostrou-se irredutível, exigindo invariavelmente o valor de 100% do subsídio de Natal”, disse Cipriano Carvalho à Inforpress.