O Administrador dos Correios de Cabo Verde garante que a greve de dois dias, que arranca hoje não vai afectar o funcionamento da empresa e que a mesma terá adesão de um pequeno grupo de trabalhadores.
Em declarações à Inforpress, à saída da última ronda negocial, o administrador executivo dos
Correios de Cabo Verde (CCV), Cipriano Carvalho, disse que, “infelizmente”, as partes não chegaram a um consenso, porque “um pequeno grupo de trabalhadores que está à frente da greve mostrou-se irredutível, exigindo invariavelmente o valor de 100% do subsídio de Natal”.
Segundo o responsável, a empresa não está em condições de dar 100% do subsídio de Natal. Por isso, pagou 60%, à semelhança do ano anterior, “precisamente porque a situação da tesouraria, de momento, não permite e a empresa não pode endividar-se para pagar bónus ou incentivos”.
“Aquilo que é obrigação da empresa já pagámos, que é salário e subsídio de férias”, disse Cipriano Carvalho, afirmando que, neste momento, todos os trabalhadores da empresa já receberam os 12 meses de salário, e o subsídio de férias, a que têm direito.
Quanto ao subsídio de Natal, o Administrador disse que os CCV já pagaram 60%. “Alguns trabalhadores reclamam 100%, mas nós só podemos pagar 60%”, reiterou.
Cipriano Carvalho disse ainda que a greve “não irá ter um impacto” desejado pelos seus mentores, na medida em que, explicou, a administração dos CCV já tem a confirmação que as agências espalhadas por todo o país “não irão fazer greve”. O que significa, segundo afirmou, que a paralisação prevista não irá “pôr em causa minimamente o atendimento ao público”, a “maior preocupação da empresa”.
A mesma fonte frisou que apenas “um pequeno grupo” que trabalha na sede é que irá aderir à esta greve marcada para esta quinta-feira e sexta-feira, 20 e 21 de Dezembro.