João Paulo da Luz afirma que a direcção do conselho local da Cruz Vermelha em São Vicente desconhece os motivos desta decisão, condena a forma como esta foi aplicada e sublinha que a medida é ilegal.
“Ao Ministério Público, que faça as averiguações lá onde for necessário, estamos claros, tranquilos, vamos continuar. Neste momento, não podemos entrar na sede, onde tivemos conhecimento de uma deliberação que foi feita de emergência, e o que podemos dizer é que o conselho local da Cruz Vermelha foi destituído ilegalmente”, afirma.
O responsável da Cruz Vermelha em São Vicente estranha a decisão e denuncia a forma como foi executada.
“Nós, por desconhecimento profundo do que se trata , assistimos a um acto que, pela primeira vez numa instituição como a Cruz Vermelha, recebemos dois membros supostamente da direcção do conselho executivo da CVCV, que vieram de Santiago, sem conhecimento prévio, fizeram a invasão da sede da Cruz Vermelha, de uma forma ilegal, irresponsável, sem medir as consequências que possam trazer, com arrombamento das fechaduras, tanto do gabinete do presidente do conselho local, como também das fechaduras da sede”, indica.
O responsável da Cruz Vermelha em São Vicente aponta o dedo ao actual presidente da Cruz Vermelha, o tenente-coronel Arlindo Carvalho, eleito em Outubro de 2017, durante a XI Assembleia Geral, e pede uma intervenção do Presidente da República para averiguar aquilo que diz serem acções que colocam em causa a boa imagem da Cruz Vermelha de Cabo Verde.
“Queremos aqui endereçar uma mensagem ao Presidente da República, a entidade máxima da nação cabo-verdiana e membro honorário da Cruz Vermelha de Cabo Verde, para que tenha conhecimento do que está a acontecer a nível da instituição”, refere.
Questionado sobre se a decisão poderá estar relacionada com alguma irregularidade na gestão da instituição, João Paulo da Luz, afirma que o conselho local da Cruz Vermelha em São Vicente “não teme porque não deve a ninguém”.