João Lima nega má gestão na Cruz Vermelha de São Vicente e apresenta queixa contra Arlindo Carvalho

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,21 dez 2018 8:24

O destituído presidente do Conselho Local da Cruz Vermelha, em São Vicente, refuta os alegados indícios de má gestão, fraude e corrupção, apontados como causa da sua destituição. João Lima apresenta queixa-crime contra Arlindo Carvalho.

As suspeitas foram reveladas, na segunda-feira, à Rádio Morabeza, pelo presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde, Arlindo Carvalho, como razões que levaram à demissão da gestão. Em conferência de imprensa, na tarde desta quinta-feira, João Lima estranhou aquilo que chama de inverdades contra a sua pessoa.

“São inverdades. A direcção já tem vários anos de gestão [desde 2010] e nós estranhamos que é o próprio presidente da instituição que vem acusar a sua própria instituição. Nós temos um leque de confiança e de respeito por todas as actividades que nós fazemos aqui, portanto, cabe a ele, agora, responder nas instâncias judiciais para comprovar tudo o que confirmou na comunicação social”, afirma.

João Lima acusa Arlindo Carvalho de ter inviabilizado o projecto “Roda Solidária”, avaliado em 250 mil dólares, que abrangeria 550 pessoas com deficiência motora, em todo o território nacional. Segundo a mesma fonte, as acusações de ocultação de donativos foram feitas após o conselho local ter negado entregar ao presidente nacional da instituição uma ambulância doada pela Associação Kriol-Itá.

“A motivação para esta acusação prende-se com o facto de o Conselho Local e São Vicente ter recebido um donativo como resultado dos excelentes trabalho e de excelentes relações que temos com a associação Kriol-Itá. Foi doada uma viatura para serviço sanitário, uma ambulância, ao Conselho Local de São Vicente, se encontra igualmente registada em nome com Conselho Local de São Vicente, uma condição imposta pelos próprios doadores. O presidente da Cruz vermelha de Cabo Verde queria tomar o veículo a todo custo para deslocar para outro lugar. É esta a verdade”, diz.

João Lima vai mais longe e diz que o actual presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde tentou sufocar financeiramente o Conselho Local em São Vicente. Em causa, a transferência de apenas 50 contos para a sede local, desde que Arlindo Carvalho foi eleito, em Outubro de 2017.

“Quando deveria transferir, no mínimo, uma quantia de 25 mil escudos mensais para sustentabilidade do funcionamento e das actividades locais do Conselho Local. A única transferência que faz, no valor aproximadamente de 135 mil escudos mensais, destina-se inteiramente para as despesas do lar da 3ª idade de Ribeirinha, representando esse valor 50% do custo de funcionamento do lar. E devo ressaltar que, nos últimos meses (Novembro e Dezembro), não tem feito tais depósitos”, avança.

O responsável local da Cruz Vermelha, destituído, considera que a sede na ilha do Monte Cara foi assaltada, desrespeitando o seu nome e o da instituição. Um acto que considera ilegal, e por isso vai avançar com uma queixa-crime contra o presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde.

Até à realização das eleições locais, que devem acontecer em meados de 2019, a Cruz Vermelha de São Vicente está a ser dirigida por uma comissão de gestão.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,21 dez 2018 8:24

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  12 set 2019 23:22

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