Num comunicado enviado à Inforpress, no Mindelo, a ENAPOR, apesar de “reconhecer o direito” dos trabalhadores à manifestação e “respeitar” o seu exercício, reafirma “total abertura” em resolver em sede própria, e em “estreita colaboração” com os parceiros, as questões relacionadas com o dia-a-dia da empresa, mas “sempre norteada” pelos princípios do “respeito mútuo, boa-fé e colaboração institucional”.
A ENAPOR esclarece que o ajuste de 2,2 por cento resultou de uma decisão do Governo, saída do último Conselho de Concertação Social, tendo a empresa acordado a sua aplicação para o ano de 2019.
“Nenhum trabalhador de qualquer porto do País” manifestou “algum desagrado” com o aumento salarial, pelo que salienta “não entender” a reivindicação dos trabalhadores da mão-de-obra (estivadores) portuária.
“A administração da ENAPOR prima pelo rigoroso cumprimento da lei e pelo respeito dos direitos dos seus colaboradores, pelo que refuta qualquer acusação de desrespeito e falta de dignidade na gestão dos seus recursos humanos”, lê-se no comunicado.
O Sindicato de Indústria, Alimentação, Construção Civil e Afins (SIACSA) anunciou ontem a realização, hoje, de uma manifestação dos estivadores, à frente das instalações da ENAPOR, Portos de Cabo Verde, no Porto Grande do Mindelo,
Em causa, de acordo com nota de imprensa do sindicato, o “descontentamento” da classe face ao reajuste salarial de 2,2 por cento (%) e a “exigência” do subsídio de risco.
Outras reivindicações dos estivadores apontadas pelo SIACSA no documento prendem-se com uma “melhor distribuição salarial” nos trabalhos de salmoura e a solicitação de “mais respeito e dignidade pela classe”.