O protesto é apoiado pelo SICSA, sindicato que representa parte dos trabalhadores da empresa. O líder sindical, Gilberto Lima, em entrevista à Rádio Morabeza, explica que a manifestação acontece depois de vários encontros infrutíferos com a entidade empregadora.
“A manifestação tem a ver com o ‘vexame’ que as operárias vêm sofrendo ao longo do tempo. Falta de dignidade e respeito pela classe, despedimento e rescisão de contrato de trabalho com quatro anos e seis meses de trabalho feito, férias fraccionadas, contrário àquilo que dispõe a relação laboral, salário de miséria, injustiça na medição da produtividade, de entre outras tantas coisas. Daí que, depois de vários encontros com a Frescomar, os trabalhadores decidiram partir para uma manifestação apoiada pelo nosso sindicato”, diz.
Gilberto Lima diz que as operárias são trabalhadoras qualificadas e, por isso, não podem estar a receber o salário mínimo. O não envio da versão zero do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, é outra questão reivindicada. O presidente do SIACSA afirma que já teve vários encontros com a Frescomar, mas que não têm passado de boas intenções.
“Há boas intenções, mas não passa disso. Há que ter clareza das coisas, as boas intenções devem ser postas na prática, porque o que queremos é a melhoria das condições de vida e de trabalho para essas operárias”, refere.
Caso a manifestação não surta efeito, o SIACSA garante que a luta vai continuar para garantir melhores condições de vida e de trabalho às centenas de operárias da empresa.
A manifestação decorre das 14:30 às 16:30.