Segundo o vice-presidente do Sindicato de Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil, Agricultura, Florestas, Serviços Marítimo e Portuário (SIACSA), Davidson Lima, a CMP “passou uma borracha” por cima da lei, nomeadamente o artigo 134, alínea G, do Código Laboral, que diz que o empregador deve prestar ao trabalhador ou aos organismos que o representam informações sobre a situação da empresa, com reflexo nas relações laborais.
“É um desrespeito do edil da CMP ter um documento na gaveta e estar há muito tempo sem responder a uma nota, desde 9 de Outubro de 2018. Nesta situação, os trabalhadores, neste exacto momento, estão a protestar em relação ao não cumprimento do acordo celebrado na Direcção Geral do Trabalho (DGT) de dia 9 de Outubro de 2018”, afirma, dizendo que a CMP desrespeitou a própria DGT ao não comparecer na reunião de conciliação, como estabelece a lei.
O vice-presidente do SIACSA avança que os bombeiros deveriam ser recompensados com um subsídio de risco, uma vez que trabalham com o levantamento de cadáveres, muitas vezes em decomposição, colocando em risco a sua saúde.
O sindicalista afirma igualmente que há um procedimento de progressões que também está engavetado.
Davidson Lima fala em falta de material de trabalho, na sede dos Bombeiro Municipais e na necessidade de mais 'soldados da paz'.
“No último concurso lançado, ninguém foi chamado para trabalhar. Nesse momento, temos falta de material de trabalho e falta de homens", garante.
Em Julho, os Bombeiros da Praia realizaram uma a greve de dois dias, acusando então a Câmara da Praia de não cumprir um acordo sobre promoções, progressões e subsídio de risco.